Autismo: o que é e como identificar?
Neste mês de julho, uma grande vitória foi conquistada pelos portadores do Transtorno do Espectro Autista (TEA), já que foi sancionada uma lei que obriga o Instituto Brasileiro de Geografia Estatística (IBGE) a inserir perguntas sobre o autismo no censo de 2020. Dessa forma, o nosso país terá dados sobre o número exato de indivíduos autistas existentes, além de novas informações relevantes desses portadores que podem ajudar no diagnóstico prévio, tratamento de suas complicações e melhorias sociais para esse grupo.
Além do significado estatístico, essa inclusão no censo do próximo ano ajudará no combate ao preconceito e irá servir de informação à população, já que muitos brasileiros não conhecem bem essa condição neurológica. Esta desinformação, por parte da sociedade, é justificada pela falta de políticas públicas voltadas para os autistas ao longo dos anos, que fez com que a população não tivesse acesso a informações sobre esta condição. Porém, nos últimos anos o poder público vem tentando reverter essa situação. Por exemplo, várias cidades brasileiras estão sancionando leis que obriga estabelecimentos públicos e comerciais a incluir o laço colorido (símbolo do espectro autista) na placa de atendimento preferencial desses locais.
O TEA é um transtorno neurológico que causa mudanças comportamentais, comunicativas e na capacidade de interação social nos seus portadores, podendo ser identificado nos primeiros meses de vida, ao observar a comunicação e interação da criança com o ambiente. Crianças autistas possuem complicações em se relacionar com outras pessoas, tendo dificuldade em se colocar no lugar do outro, não compreendendo bem os sentimentos pessoais de cada um. Algumas crianças não desenvolvem a fala, prejudicando ainda mais a interação social com outras crianças. Já muitas, possuem comportamento repetitivo em sua rotina, no qual qualquer mudança habitual gera incômodo nos portadores desse espectro. Médicos, fonoaudiólogos e psicólogos são profissionais que auxiliam nesse diagnóstico do TEA e no posterior acompanhamento do paciente.
Para saber mais sobre esta condição neurológica, recomendamos a série “Atypical”, disponível na plataforma de streaming Netflix. Esta série, bastante elogiada pela crítica e pelo público, retrata de forma bem humorada e sensível a vida de um jovem com espectro autista e sua relação familiar, retratando os aspectos de interação social que os portadores do espectro possuem em seu cotidiano. Questões comuns do dia a dia de todo jovem, como primeira namorada ou primeiro emprego, é o plano de fundo para o desenvolvimento do personagem que tenta lidar com sua condição na sociedade.