Bioinformática: O que é?
Bioinformática pode ser considerada o ramo da ciência de dados que lida com problemas da biologia e da medicina. Essas áreas vêm produzindo grande quantidade de dados que são difíceis de analisar manualmente, então precisou-se utilizar da computação (a temida programação) e da estatística para ajudar essa tarefa. Ou você acha que o genoma humano foi descoberto na mão?
Ela está em várias áreas que você nem pensa: Indicar biomarcadores para uma doença? Desenvolver um fármaco? Construir a estrutura tridimensional de uma proteína? Indicar epítopos para desenvolver uma vacina? Entender todo o perfil de RNAs expressos por um tumor? E que tal o perfil de proteínas? Todas são investigações possíveis da bioinformática!
Outra grande aplicação é a medicina de precisão. Essa abordagem médica se baseia na premissa de que todos somos diferentes, portanto, respondemos de maneira distinta a doenças. Então por que não aplicar tratamentos diferentes e únicos para cada paciente?
Isso já é feito em oncologia. Por exemplo, no câncer de pulmão é possível fazer um sequenciamento do tumor para saber que alterações genéticas ele possui. E para cada alteração genética típica desse câncer existe um tratamento específico. E quem lida com o dado do sequenciamento e procura naquela sopinha de ATCG por alterações genéticas? Isso, a bioinformática!
Além disso, é possível desenvolver fármacos computacionalmente! Por exemplo, se existe um receptor que é importante para o desenvolvimento de uma doença, é possível predizer uma molécula que encaixe tridimensionalmente nesse receptor e o bloqueie. Assim, o processo de teste em ensaios clínicos se torna menos susceptível a erros.
Mas se você gosta de trabalhar com microrganismos também pode ser uma área para você! Hoje a microbiota que vive em nosso trato gastrointestinal vem sendo investigada nos últimos anos como tendo relação com o desenvolvimento de doenças complexas, como diabetes, obesidade, asma e até depressão. Para isso a bioinformática também torna possível sequenciar todo um material biológico e a partir dos tipos de DNA presentes naquela amostra dizer quantitativamente quais são todas as espécies de microrganismos presentes ali.
E que tal ajudar no desenvolvimento de uma vacina? A bioinformática também pode fazer isso! Ela pode dizer quais são as regiões de proteínas dos microrganismos que são mais imunogênicas e, assim, são bons candidatos para o teste de vacinas.
Depois de ler todos esses exemplos fica claro que a bioinformática tem aplicações médicas e biológicas, assim tornando-se uma grande aliada para da biologia molecular e da medicina. Logo, se você pretende seguir em alguma dessas áreas, um pouco de bioinformática vai ser muito útil na sua bagagem. Então, computadores a mão, vamos programar!